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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Flor aquarela


Estou prestes a começar um curso de aquarela. Pintar, como já compartilhei aqui neste espaço, é sempre um desafio para mim. Quando pequeno, bem pequeno mesmo, fazia meus desenhos e minha irmã pedia para  pintá-los. Meus primeiros rabiscos foram feitos em papel de pão. Para que você internauta entenda, preciso dizer que antigamente pão vinha embrulhado num papel cinza que era enrolado nas duas pontas pelo vendedor.
Eu era, em minha casa, o responsável pela tarefa de ir à padaria logo pela manhã.
Gostava muito de fazer isso, até porque minha casa, na favela (hoje os politicamente corretos chamam de comunidade), ficava bem próxima aos fundos da padaria e aquele cheiro de pão era um perfume para mim.
Numa daquelas manhãs, enquanto estava na fila do pão, eu desenhava no chão úmido com um graveto e o simpático senhor que me via brincar com as linhas perguntou se eu gostava mesmo de desenhar. É claro que você sabe a resposta:  - Gosto sim senhor. - Então, desenhe menino. Se você desenhar muito vai acabar sendo desenhista, disse o simpático vizinho
Mesmo muito pequeno eu sabia que não dava para ficar desenhando no chão o tempo todo. Cheguei em casa e pedi papel para o meu pai que já estava de saída para o trabalho. Ele, sempre muito criativo, apontou para o papel de pão e disse: - Você recebe uma folha de papel todo dia de manhã, não tá vendo aí?
Foi assim que comecei a desenhar e não utilizar tintas.
Graças a Deus a gente cresce, conhece outros olhares, outras formas de expressão artística.
Estou me aproximando desse mundo da cor como uma criança que brinca com as primeiras tintas, os primeiros lápis coloridos. Incríveis as emoções que emanam desse exercício.  Meu desejo é deixar um pouco de lado as teorias, os conceitos, as técnicas e mergulhar em busca do prazer de pintar. Minha oração é que a multiforme graça de Deus, também colorida, me ajude a vencer meus medos e limitações que trago em minha formação, ou falta dela, depois de tanto tempo longe das tintas.
Aqui resolvi compartilhar mais um dos exercício que desenvolvi, por conta própria e risco, com aquarela, antes de iniciar as aulas com o mestre Celso Mathias.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Jesus foi criança - estudava


Cumprindo o prometido, segue mais uma das ilustrações bíblicas infantis.
"Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça diante de Deus e dos homens"
Evangelho de Lucas 2.52


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Exercício com tinta acrílica - Rubão


Sempre tive um relacionamento um tanto 'edipiano' com meu pai. A convivência com outros pais me deu a dimensão de que cada pai traz consigo sua história e de que Deus não é como nosso pai, mas O PAI. Não o Pai do céu, mas o que Jesus nos ensinou a ter proximidade. Te chamar de 'aba', ou paizinho. Pai que é meu e ao mesmo tempo nosso. Independente do que foi ou é meu pai, meu desejo mas profundo, é ser um bom filho.
Na véspera do dia dos pais catei o papel kraft, juntei os tubos de tinta, lembrei das aulas com o mestre Celso, misturei tudo com um bocado de coragem e encarei a pintura.
Pintura feita a partir de uma foto do meu pai. A sugestão do brasão ao fundo é uma referência a organização evangélica, tipo escoteiro, para meninos de 9 a 16 anos, chamada Embaixadores do Rei.
Se vale uma sugestão, fazer arte é terapêutico, estimula a concentração, a reflexão, e a investigação interior. Pelo menos, comigo funciona. 

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Bonecos e companhia


Cláudia, Rogério e Márcia são excelentes artistas e contadores de história. 
Gente que cativa, que prende, que tem o dom de amarrar nossa atenção quando estão no palco. Eu, particularmente, acho que palco de artista é a vida mesmo. Talvez por isso os artistas são pessoas, ou deveriam ser, sensíveis, amorosas e com um senso de compromisso com a humanidade ministerial. Nesse sentido é que acho que todo mundo deveria, e pode, ser artista. Além de todo talento dessa gente, a Marcia é autora do livro, que ilustrei, Pretinho o sapatinho medroso. Esse trio cheio de talento me pediu para desenvolver uma imagem que pudesse ser utilizada no trabalho que eles desenvolvem nas escolas da Prefeitura, em comunidades carentes, aqui no Rio de Janeiro. Fizemos o projeto a oito mãos e chegamos a esta proposta.




Coringa - exercício de aquarela


Gosto muito do Batman
Resolvi continuar os exercícios de aquarela (Pentel, bem vagabunda), resgatando personagens marcantes que envolvem a trama do meu super-herói preferido.
O ator, Heath Ledger ganhou o Oscar póstumo  por sua atuação como Coringa em
Batman - O Cavaleiro das Trevas, morreu há quatro anos, deixando Hollywood perplexa.  Em minha opinião, ele foi o melhor Coringa do Batman na telona.

Esse novo exercício com aquarela me estimulou a duas perguntas: 
1. Como administrar a resistência do suporte para diversas camadas de aquarela.
2. É lícito utilizar tinta preta em aquarela? 
Esta segunda pergunta é fruto de palestra de grandes aquarelistas, os mesmos que 'detonaram' a tinta Pentel, e foram categóricos em afirmar que aquarela 'nunca' preta nem branca. Como este blog é também para registro de minhas reflexões, devo a mim mesmo a pesquisa e a conclusão sobe a matéria.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Cinco pães de dois peixinhos

André, discípulo de Jesus, diante da dificuldade afirmou:
Está aqui um menino que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos. 
Mas o que é isso para tanta gente? (Jo 6.9)
Nada! Com certeza o que temos é NADA diante da multidão.
O que temos é tão pouco...
E agora, que a glória seja dada a Deus, 
o qual, por meio do seu poder que age em nós, 
pode fazer muito mais do que nós pedimos ou até pensamos!
Ef 3.20

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Semeador e a semente


Jesus contava histórias.
Gosto de pensar em Jesus como gente boa que gostava de contar 'causos'.
Sem agredir, sem fugir do assunto, sem aprovar o procedimento errado.
Creio que Jesus contava histórias para estimular o raciocínio. Acredito mesmo que ele fazia isso porque sabia que ninguém pode mudar o outro a menos que a própria pessoa se disponha à mudança.
Uma das histórias que Jesus contou que mais povoou meus pensamentos durante o último mês foi a do semeador. Uma boa galera de minha igreja saiu para compartilhar a vida que Jesus pode dar e fez isso lá na região amazônica. Deixaram tudo por aqui para anunciarem o Evangelho.
Fiquei pensando nesse exercício de semear. Especialmente levando em consideração o contexto da história contada por Jesus,
"um semeador saiu a semear..."
Ao semeador cabe o exercício da semeadura.
É tarefa do semeador semear.
Na história de Jesus semeador não é lavrador, semeador é andarilho.
É a prática da semeadura que dá sentido ao semeador.
Semeador não tem nome, semeador tem a semente.
O semeador conhece a semente e a espalha em todo tipo de solo.
O semeador só semeia o que tem.
Jesus explica o significado dos diferentes terrenos - diferentes corações
da semente - seus ensinamentos, sua Palavra
mas, e o semeador?
Na minha leitura todos semeamos. Semeamos o que levamos e onde estivermos.
Nossos gestos, nossa vida é uma semeadura constante.
Até o que não semeia nada está mostrando um tipo de semeador.
Minha oração é que Deus me dê um coração sensível a esta realidade e me conduza a caminhos onde a semeadura seja produtiva.

Pintura em tinta acrílica sobre papel kraft natural

Motivação natural



Motivação é o empurrão que a gente precisa para enfrentar os desafios da vida.
Futebol, especialmente do meu time de coração, é uma forma mais que natural de despertar meu interesse. Foi desenvolvendo este raciocínio que fiz as aquarelas acima. A grande ave "urubu rei" brotou do desejo de ver a felicidade raiar novamente no rosto da grande nação rubro-negra. Vamos alçar voo e sair do lixo em que nos encontramos.

Brincadeiras com aquarela

Montei um sketchbook só com papel próprio para pintar com aquarela. Diversas textura, várias gramaturas e algumas matizes diferentes.
Fiquei triste com a informação técnica de que as tintas que guardo com tanto carinho para 'brincar' sejam de qualidade tão desprezível.
Num primeiro momento a gente sempre arranja uma desculpa do tipo: "Ah, agora entendi o por que de minhas aquarelas são tão ruins..." Mas esse tipo de desculpa dura só um lapso de medo. É preciso que eu tenha coragem de admitir que falta dedicação, entrega, disciplina...
Voltei a estudar pintura. Andei fazendo alguns estudos com tinta acrílica e agora retorno para a luminosidade, leveza e expressividade da aquarela. Digo retorno, porque antigamente brincava nas madrugadas com as manchas coloridas na água. Pois bem, enquanto espero o início das aulas vou 'detonando' o conteúdo dos tubos de terceira categoria.
Resolvi registrar essas manchas de aquarela por dois motivos básicos:
1. Ainda que não seja tudo o que espero em temos de resultado, é o que brota de sentimento.
2. Recebi essa tinta de presente, com tanto carinho, que não tenho coragem de deixar as tintas se perderem dentro do tubo. Guardarei a caixa, de preferência vazia, com a dedicatória.
Acho que Rubem Alves mais uma vez tem razão:

"Os conhecimentos nos dão meios para viver.
A sabedoria nos dá razões para viver."

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Desenho de memória / desenho de observação


Sempre desenhei. Para mim era difícil admitir isso porque não chamava meus rabiscos de desenho. 
Agora assumi minhas brincadeiras gráficas como desenhos. Fazer o quê? Fui eu mesmo quem fiz...
Quando descobri (tardiamente) o conceito do sketchbook, essa cobrança interna ficou mais leve e se transformou em prazer consciente. Como já afirmou o sábio: 'a vida é o que você faz dela.' 

Cada um usa seu sketchbook como quer!

Algumas vezes eu uso para fazer exercícios de memória. Na maioria das vezes tento ilustrar o que estou lendo. Desenhar sem referência é 'catar' nos arquivos mentais imagens nem sempre bem impressas. É exatamente por isso que o desenho fica longe do real, mais dinâmico e personalizado. Deste exercício tiro dois estímulos básicos: 1. Coragem. É preciso ter coragem para se aceitar e assumir um "rabisco" como sendo seu.
2. Trabalho - O segundo grande desafio é desenhar e pesquisar. Procurar a imagem com registro desfocado e buscar um olhar mais cuidadoso sobre o tema/dívida. 



Em outros momentos, especialmente quando estou num transporte coletivo, exercito o desenho de observação. Tudo tem que ser muito rápido e dinâmico. Também não posso me descuidar e desrespeitar a privacidade da "pessoa-modelo" escolhida, afinal, o "modelo" não pediu e nem sabe que está sendo desenhado.  Nesse tipo de exercício é fundamental o 'rabisco geral' porque 'os modelos' estão em constantes deslocamentos e o registro anatômico pode ser perdido. Esse exercício é super relaxante e me diverte muito. Acho que isso ocorre porque não tenho nenhum compromisso com o 'ficou igualzinho' e porque ninguém fica posando dormindo ou de costas para quem registra, não é?

Trombones

Ontem (5 de agosto), fui impactado com o delicioso som de um quarteto de trombones no culto de minha igreja. Do lugar em que eu estava sentado só via um dos instrumentistas. Catei um pedaço de papel colorido que tinha em minha Bíblia e usei meus companheiros inseparáveis lápis e caneta preta.

Desenhos 'mundo infantil'

Berçário maiores

Berçário maiores
Berçário faixa

Fiz uma série de estudos para adesivar algumas paredes
sala das crianças de minha igreja. Todos os desenhos foram feitos à lápis, finalizados com caneta  PaperMate flair, escaneados e colorizados em vetor.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Bruno e Ana

Vivi a grande emoção de participar do casamento dessas duas figuras maravilhosas. Além disso, eu e minha querida esposa desenvolvemos um aconselhamento para noivos em nossa igreja, e o Brunão e a Ana compartilharam tanta coisa bacana conosco, que não dá nem para ter ideia. Foi uma emoção muito grande ver esses dois belos jovens assumindo o compromisso de investirem na relação conjugal deles por toda vida. Imagem a 'crise' dessa parceria: um é Flameguista e a outra é vascaína, mas fazer o que 'né', ninguém é perfeito!