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quarta-feira, 6 de maio de 2015

Está tudo conectado

O coração bate no peito.
Quem sente esta bomba pulsar em outro lugar tem dor.
A gente pode até tentar colocá-lo de volta mas ele insistirá em pulsar lá no lugar da dor.
A dor... essa danada denuncia a limitação humana e logo revela fragilidade.
Não somos apenas limitados, somos igualmente frágeis.
Com o coração fora do lugar o que fica é ausência.
Este vazio pode ser preenchido, pelo menos momentaneamente, de várias maneiras.
A primeira ação quem vem à mente,o primeiro verbo conjugado é sofrer.
Em tempos de dor, com os dos sentimentos fora de lugar, é recomendável tentar utilizar a razão.
É o que a fé ensina. "Eu SEI em quem tenho crido", ou "quero trazer à LEMBRANÇA..."
Lembrei ter aprendido que sofrer é verbo e que 'verbo só se efetiva quando é conjugado".
Decidi atravessar esse vazio, essa dor, conjugando outros verbos:
Parar, acreditar, amar, agradecer, confiar, esperar, reagir, perdoar, observar, calar...
No corpo, não se iluda, está tudo conectado.
Se dói ali você não consegue 'deletar' e sentir aqui.
"Vou operar o joelho, não a mão!"
Foi o argumento que utilizei antes da infecção.
Tolo. Tudo está muito ligado, tudo conectado.

Foram 14 dias internado. Sem internet, sem TV e, não poucas vezes, parar e 'sossegar' (foi a justificativa utilizada pelos auxiliares de enfermagem) sem desenhar. O acesso venal para os remédios eram feitos no braço e na mão direita. Que oportunidade extraordinária para colocar o importante à frente do urgente!


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