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sábado, 12 de abril de 2014

Enquanto o remédio não vem...

A vida nos impõe limites. Acho incrível como algumas pessoas ainda não perceberam isso. O que fica ainda mais surpreendente é notar esse tipo de comportamento em pessoas que não são mais- pelo menos não deveriam ser - crianças pirracentas.
Os limites do corpo impostos pela enfermidade, denunciam os limites do bolso que deflagram a ausência do Estado na administração da saúde pública. Mas, convenhamos que não dá pra ser injusto e colocar tudo no mesmo saco. Estou sendo contemplado, como centenas de outros pacientes, por um serviço que funciona. Mensalmente agendado, avisado através de mensagem de celular - se cadastrado - a Secretaria de Medicamentos Especiais concede - sei que não é favor - o remédio que controla uma das sequelas que 'ganhei' de minha esclerodermia. Vejo pouca gente elogiar os serviços que são bem feitos. Pois bem, mensalmente vou à RioFarmes e, como informa o boletim, posso aguardar até uma hora para que seja anunciado o meu nome e então retire a medicação sem custo algum.
Se eu, ou qualquer outro paciente, perde o dia o e horário marcados, entramos numa fila de espera, que pode demorar até três horas. Aí - acho muito justo - o paciente que 'descansou' com o prazo e o horário, pode ter uma série de atitudes: ver televisão, arrancar os cabelos, reclamar o tempo todo, jogar ou falar ao celular, dormir, ler e quem sabe aproveitar a espera interminável para brincar de rabiscar com caneta bic. É claro que esta última tem sido minha opção sempre que perco a data de entrega do remédio abençoado que consegui do Governo. Essa é uma confissão - ter perdido a data da entrega da medicação - ainda que não tenha dito culpa no processo de liberação da documentação. Vale salientar que não esperei nem uma hora para receber meus 120 comprimidos de Micofenolato de Mofetila.


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