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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Sketchbook é fofoca do traço.

Tempo é presente. Deveria ser tratado como tal. Já pensou o que é jogar um presente no lixo?
Era exatamente assim que me sentia numa cadeira aguardando para ser atendido, ou num engarrafamento observando a mesmo paisagem, ou mesmo sentado folheando revistas diante de um podólogo.
Já faz tempo que nego a me sentir torno escravo dos outros me sentindo caixa vazia.
A primeira opção foi levar um livro comigo. Livro faz a gente decolar daquele marasmo. Quando  penso em leitura vem logo à mente o inesquecível período da graduação. Sair do bairro em que estudava e ir para casa era um viagem. Não gastava menos de duas horas sentado num ônibus. Foi neste período que me 'viciei' em ler no transporte coletivo. Aprendi a escolher o lugar para sentar. Minha leitura preferida são livros que estimulam à reflexão e, por isso, não poucas vezes me surpreendia com o olhar perdido, vagueando num infinito surreal.
Desde que comecei a utilizar o sketchbook a 'coisa mudou'. Algumas vezes, quando me sinto mais à vontade, abro o livro e deixo o sketch pronto para anotação, o rabisco. Outras vezes me transformo no fofoqueiro do traço. Olho, reproduzo, exagero, invento, me divirto.
O último sketchbook que montei está anexado ao caderno para anotações da pós graduação.Acabei de montar um com os trapos de folha que não jogo fora (acho que estou ficando envelhecente). Sketchbook é bom para alma e derrota a angústia do tempo perdido.Não saio mais de casa sem ele.
Gosto tanto desse traço sem correção, sem borracha, sem compromisso que começo a pensar em levar isso como um estudo mais sério.





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