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quinta-feira, 12 de junho de 2014

Dois lados de uma mesma estrada


Longe de mim reduzir a Arte a uma função.
É claro que reduzir a expressão artística ao conteúdo teológico seria uma heresia em dupla dimensão.
Arte e Teologia.
Tanto uma como outra são formas de expressar, em diferentes perspectivas, o que é digerido e processado na cultura em que se está inserido.
            "Suas cabanas existem tanto
            para abrigá-los da chuva do vento e do sol,
            quanto para protegê-los dos espíritos
            que produzem tais fenômenos." - Gombrich

Trilhar essa estrada observando de um lado a Teologia e de outro a Arte exige do observador absoluta honestidade para admitir que qualquer tentativa de registro do que se observa é redução. Aceitando como verdadeira a premissa do frei Leonardo Boff de que 'todo ponto de vista é a vista de um ponto',espero que fique claro, que tudo que eu registrar nessas postagens, não passa de de um ponto. Um ponto, um registro através de minhas lentes. Como regra então, outras observações podem e devem ser feitas durante o percurso de todos que se interessam e encaram essa estrada.
Admitir a existência dessa trilha entre Teologia e Arte é o primeiro passo para tentarmos mergulhar, e recuperar fragmentos do sentimento humano, o que nos é natural, que impulsionaram o registro de obras - Arte - e as reflexões e dogmas - Teologia - de um período específico.
Relendo Gombrich percebi que nas entrelinhas de sua História da Arte, mesmo sem ser sua intenção primeira, o autor compara as pinturas rupestres com a função dos 'bonecos de vudu' ou a prática de 'malhar o Judas' no sábado de aleluia. Bastou isso para instigar a curiosidade, a procura de um mapa que indique a existência dessa tal estrada que tem de um lado a Teologia e do outro a Arte.

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