Houve um tempo em que eu ficava muito impressionado com a profusão de temas que um artista desenvolve. Vi a 'compulsão' de um Van Gogh em produzir pinturas do campo e a morte tão precoce. Toulouse e Caravaggio que não chegaram aos quarenta anos, e produziram uma coleção vastíssima. E o Egon Schiele que morreu aos vinte e oito anos? Todos eles com uma produção e uma carreira ímpar. Mas, o que fez Van Gogh 'escolher' pintar suas paisagens? Egon, Toulouse registrarem, de forma tão sensual, 'suas mulheres'? E o que dizer da perspectiva tão próxima do humano, tão 'pé no chão', de um Caravaggio?
Já me perguntei diversas vezes: O que motivou essa gente a fazer o que faziam, de forma tão intensa e apaixonada? Tive oportunidade, de forma infantil, de perguntar a alguns artistas: por que você escolheu este tema? E a resposta, ainda que um pouco difusa, era: 'isso é o que me afeta'.
Encontrei, para consolo de minha reflexão, alguns argumentos. Reflexões muito minhas e argumentos livres muito, muito pessoais.
Em primeiro lugar creio que estes artistas eram apaixonados. Apaixonados pela arte, apaixonados pela vida. A palavra paixão vem do latim 'passione'. Ato de suportar, de sofrer. O paralelo disso, na língua grega é o 'pathos', donde vem patologia. Sendo assim, creio que a paixão desses artistas era uma 'droga'. A droga donde que pode surgir cura ou trazer doença.
Entendo também que, para quem está 'movido pela paixão', não há, como pensava anteriormente, 'profusão de temas'. Eles são monotemáticos ou, pelo menos, focados em 'fases', em períodos de vida.
Outra observação que faço é que suas 'melhores obras' estavam livres. Livres das amarras e imposições éticas - leia-se contratos - e financeiras - entenda como medo do amanhã.
Por que afinal resolvi escrever sobre isso? O que está me incomodando?
A resposta é simples. Paixão.
Estou, mesmo depois de velho, vivendo este momento de paixão. Não tenho dificuldade com os temas e, ao contrário disso, quero desvendar novos mistérios. Mistérios relacionados à produção de textos, aquarela, desenho...
Fundamental agora - pensar nisso é o primeiro passo - é me dar o direito de expressão. Quero deixar registrado que o desafio é aceitar a limitação e viver a 'paixão pela vida'. A minha vida, o que me envolve, o que me comove, o que me encanta e, até mesmo o desencanto. A arte desses 'mitos' é a vida deles. Menos técnica - ela é 'só' um meio e não um fim - e mais respeito à sua história, seus valores, seus amores e desamores. Quem sabe este seja o caminho da cura? Ou será da loucura?
Já me perguntei diversas vezes: O que motivou essa gente a fazer o que faziam, de forma tão intensa e apaixonada? Tive oportunidade, de forma infantil, de perguntar a alguns artistas: por que você escolheu este tema? E a resposta, ainda que um pouco difusa, era: 'isso é o que me afeta'.
Encontrei, para consolo de minha reflexão, alguns argumentos. Reflexões muito minhas e argumentos livres muito, muito pessoais.
Em primeiro lugar creio que estes artistas eram apaixonados. Apaixonados pela arte, apaixonados pela vida. A palavra paixão vem do latim 'passione'. Ato de suportar, de sofrer. O paralelo disso, na língua grega é o 'pathos', donde vem patologia. Sendo assim, creio que a paixão desses artistas era uma 'droga'. A droga donde que pode surgir cura ou trazer doença.
Entendo também que, para quem está 'movido pela paixão', não há, como pensava anteriormente, 'profusão de temas'. Eles são monotemáticos ou, pelo menos, focados em 'fases', em períodos de vida.
Outra observação que faço é que suas 'melhores obras' estavam livres. Livres das amarras e imposições éticas - leia-se contratos - e financeiras - entenda como medo do amanhã.
Por que afinal resolvi escrever sobre isso? O que está me incomodando?
A resposta é simples. Paixão.
Estou, mesmo depois de velho, vivendo este momento de paixão. Não tenho dificuldade com os temas e, ao contrário disso, quero desvendar novos mistérios. Mistérios relacionados à produção de textos, aquarela, desenho...
Fundamental agora - pensar nisso é o primeiro passo - é me dar o direito de expressão. Quero deixar registrado que o desafio é aceitar a limitação e viver a 'paixão pela vida'. A minha vida, o que me envolve, o que me comove, o que me encanta e, até mesmo o desencanto. A arte desses 'mitos' é a vida deles. Menos técnica - ela é 'só' um meio e não um fim - e mais respeito à sua história, seus valores, seus amores e desamores. Quem sabe este seja o caminho da cura? Ou será da loucura?
Skechbook Aquacenter - enquanto espero a hidroterapia da Marilia
Nenhum comentário:
Postar um comentário