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segunda-feira, 11 de julho de 2016

Eu, Prometeu e Frankenstein

Frankenstein é um romance escrito por Mary Sheller em 1816 . Uma britânica que tinha apenas dezenove anos quando registrou este drama humano utilizando um terror gótico. Nunca fui simpático a romance e muito menos ao gênero de terror. Stephen Ling, aclamado autor desse tipo de literatura, relaciona três grandes pilares da literatura de terror: Drácula, Dr Jakyll e Hyde e Frankenstein. Tenho que confessar que não foi isso que me impulsionou a escrever e fazer o 'rabisco' que publico aqui. O que me causou espanto foi saber que o título original do livro é Frankenstein ou o moderno Prometeu'. Prometeu, já publiquei aqui, me encanta. A história mitológica tem intima relação com as artes e, de uma forma geral, com a humanidade. Sendo assim, tentei entender a relação do título origina com a história da Mitologia grega.
Descobri que foi a tentativa de se igualar a um poder supremo que fez com que ambos, Frankenstein e Prometeu sofressem punição interna e eterna. Voltando um pouco, antes da história mitológica da Grécia antiga, o primeiro livro das Escrituras denuncia esse mesmo desejo que abraça Prometeu e Franlenstein. É o 'pecado original' descrito no Gênesis. Queremos ser deuses. Desejamos o controle absoluto. O poder total é a nossa ambição primeira. Ainda que tenhamos algum conhecimento e a imagem divina esteja impressa em nós, isso não basta. Seguir esta sedução é estar mergulhado na 'queda'. É duro mas precisamos admitir que somos limitados. Olhar para o espelho interior e encarar isso. Interessante mesmo é perceber que justamente a finitude e a limitação é o que nos torna humanos. Esta 'marra' que nos afasta de Deus nos presenteou com a angústia. Angústia de Prometeu, angústia de Frankenstein, minha angústia.


Ele fez tudo apropriado a seu tempo. 
Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade;
 mesmo assim este não consegue compreender inteiramente 
o que Deus fez.


sexta-feira, 1 de julho de 2016

Olhai as aves do céu.

'A repetição tem como sentido alimentar o que esperamos e nem sempre conseguimos nomear. Quando repetimos colocamo-nos em prontidão".
Optei por reproduzir e reler para apreender o que já foi dominado por outro artista. A sensação que tenho é que estou como uma criança que, na areia da praia, tenta seguir as pegadas o pai.

As aquarelas de Tilen Ti logo me encheram os olhos e hipnotizaram nessa sua liberdade expressiva, denunciada pelas suas manchas. Ele é da Malásia e estudou na Saito Academy of Art. É impossível 'copiar' este estilo e, por isso mesmo, faço releituras sonhando alçar voos independentes.

'Olhai as aves do céu...", orientou o mestre.

Papel Canson - Grain Fin, 300g. Formato 20x28cm