Destaquei estes dois momentos de exercícios para mostrar, por experiência própria, que quem deseja se 'aventurar' no mundo da pintura não pode ficar apenas com a informação teórica. É imperativo praticar. Sei que toda teoria é fruto de uma prática. A prática catalogada, e aceita como realidade, vira teoria. E daí? Daí que é exatamente por isso que a mina prática deve ser construída com o diálogo entre a teoria clássica (experiencia de quem já experimentou) e o exercício. Percebo também que algumas afirmações podem encontrar, maior ou menor resistência, por conta dos vícios adquiridos. No meu caso, não poucas vezes, usei as cores a partir de paletas pre-determinadas pela impressão gráfica. Depois que concluí o quarto execício, decidi me exercitar, neste primeiro momento, reproduzindo aquarelas e não fotografias. Fiz isso porque percebi que existe um abismo entre tentar reproduzir uma aquarela e uma fotografia.
Aprender a olhar também é um exercício.
Aquarelas, como as que apresentei acima, são interpretações. Reproduzi-las é tentar 'desvendar' o caminho do artista. Tenho consciência de que a fotografia deve ser usada como referência. Sei também que uma pintura não é uma cópia do real, mas um olhar sobre a realidade. Também já entendo que o próprio enquadramento fotográfico é um 'recorte' da realidade e que o ideal é o Plein Air., mas isso é um caminhada. Os exercícios que apresento abaixo, que foram os primeiros, tentei reproduzir fotografias mas a falta de domínio técnico, fez com que as figuras ficassem 'duras' e as manchas do fundo sem emoção.
Além disso tudo, foi catalogando as imagens que percebi, que o exercício deve ser transformado em prazer. Cumprir uma 'tarefa' sem enfrentar os desafios que a técnica exige é desvalorizar a vida.