Hoje completei todas as folhas de mais um sketchbook.
O curioso é que tenho alguns que foram deixados de lado mesmo com folhas em branco. Por quê? Sei lá! Encheu o saco, virou a folha do calendário, passou a fase, não sei. Não tem mesmo explicação. Alguns deles, depois de um tempo, fico com vontade de retomar e completar. Mas, vamos deixar isso pra uma outra postagem.
Hoje completei todas as folhas desse sketchbook e, não por acaso, lembrei dos tempos em que ensaiava no coral da faculdade. Cantei em vários grupos na igreja, participei de cantatas de natal, mas aquele grupo coral do Bennett era muito mais 'profissa'. Além disso, minha volsa como estudante, estava atrelada aos ensaios e não as apresentações. Achava isso curioso, mas logo que comecei a ensaiar, entendi que ensaio ali era uma outra atividade. O nome era o mesmo mas a formatação, o envolvimento, a seriedade eram bem diferentes. O regente era um 'cara' pra lá de competente e o repertório desafiador. Cantamos MPB, Clássicos Corais na língua original e arranjos folclóricos. A presença era assinada no momento do tal 'vocalize'. A regra era: sem vocalize, sem ensaio. Sem ensaio, sem presença. Sem presença, sem bolsa.
Vocalize é o 'aquecimento' das cordas vocais que ocorre quando cantamos. A maioria das vezes ele é feito sem pronunciar palavras. O mais sedutor é ir passeando pelas notas, pelas escalas. É irmos de uma nota grave e fazermos a trajetória até chegarmos aqueles tons mais agudos. E quando o Sidney, o regente, misturava os naipes? Que coisa linda que ficava. A gente terminava o vocalize 'doidinho' para cantar. Eu notava com extrema clareza as mudanças de timbre e os tais 'registros vocais'.
Posso estar cometendo uma heresia mas creio, que um sketchbook é bem parecido com o tal vocalize. A gente 'rabisca' sem compromisso com a aprovação do cliente. No sketch dá pra experimentar a tessitura do traço, dá para observar o enquadramento incomum, deixar fluir sem 'briefing'. É experimentar a encomenda do coração! Fazer ou não é escolha pessoal.
O curioso é que tenho alguns que foram deixados de lado mesmo com folhas em branco. Por quê? Sei lá! Encheu o saco, virou a folha do calendário, passou a fase, não sei. Não tem mesmo explicação. Alguns deles, depois de um tempo, fico com vontade de retomar e completar. Mas, vamos deixar isso pra uma outra postagem.
Hoje completei todas as folhas desse sketchbook e, não por acaso, lembrei dos tempos em que ensaiava no coral da faculdade. Cantei em vários grupos na igreja, participei de cantatas de natal, mas aquele grupo coral do Bennett era muito mais 'profissa'. Além disso, minha volsa como estudante, estava atrelada aos ensaios e não as apresentações. Achava isso curioso, mas logo que comecei a ensaiar, entendi que ensaio ali era uma outra atividade. O nome era o mesmo mas a formatação, o envolvimento, a seriedade eram bem diferentes. O regente era um 'cara' pra lá de competente e o repertório desafiador. Cantamos MPB, Clássicos Corais na língua original e arranjos folclóricos. A presença era assinada no momento do tal 'vocalize'. A regra era: sem vocalize, sem ensaio. Sem ensaio, sem presença. Sem presença, sem bolsa.
Vocalize é o 'aquecimento' das cordas vocais que ocorre quando cantamos. A maioria das vezes ele é feito sem pronunciar palavras. O mais sedutor é ir passeando pelas notas, pelas escalas. É irmos de uma nota grave e fazermos a trajetória até chegarmos aqueles tons mais agudos. E quando o Sidney, o regente, misturava os naipes? Que coisa linda que ficava. A gente terminava o vocalize 'doidinho' para cantar. Eu notava com extrema clareza as mudanças de timbre e os tais 'registros vocais'.
Posso estar cometendo uma heresia mas creio, que um sketchbook é bem parecido com o tal vocalize. A gente 'rabisca' sem compromisso com a aprovação do cliente. No sketch dá pra experimentar a tessitura do traço, dá para observar o enquadramento incomum, deixar fluir sem 'briefing'. É experimentar a encomenda do coração! Fazer ou não é escolha pessoal.