Vivi fortes momentos de crise quando terminei o que hoje corresponde ao ensino médio. Como todo adolescente que vive sua crise profissional, eu vivi a minha. É claro que eu já sabia que queria estudar desenho, ou qualquer outro curso não utilizasse a Matemática, e que estivesse o mais próximo possível do mundo das artes.
Prestei vestibular para bacharel em desenho na UFRJ e, para surpresa minha, fui aprovado. Não fiz 'festa' porque logo percebi que não poderia ocupar a tão sonhada cadeira universitária. O curso era de tempo integral e eu não poderia deixar o trabalho para estudar. Mantive a calma porque eu já sabia que não poderia fazer o curso e que teria que me alistar para o serviço militar ainda naquele ano. Eu era funcionário da JUERP - editora de periódicos evangélicos - e trabalhava fazendo ilustrações de quatro revistas: Crescendo - pré escolar, Vivendo e União de Juniores - 9 a 12 anos e, também a revista União de Adolescentes - 13 a 17 anos. Em termos financeiros ganhava, como prescrevia a lei, como menor (essa é outra história). Assim, aos 19 anos, conciliava o tempo no Exército com as ilustrações que, nesta época eram pagas como freela. Depois de cumprido os dez meses de aquartelamento, tive que encarar o vestibular novamente. Estava muito envolvido emocionalmente com as tarefas da igreja, preparando aulas, organizando passeios, ensaiando para cantar no coral etc...Resultado, fui para o Seminário estudar 'para ser pastor'. Trabalhava durante o dia. À noite, estudava no seminário e dormia por lá mesmo. Antes do final do primeiro semestre já estava angustiado. Fui conversar com alguns professores sobre minha paixão pela arte e meu desejo de servir a Deus também. O professor Silvino Neto não fugiu do assunto com frases prontas, como costumava acontecer, e me disse claramente:
- Por que você não serve a Deus com o seu talento?
Calei. Não dormi aquela noite pensando sobre o assunto. Aceitei a provocação, encarei as consequências e me propus a fazer um teste. É, um teste. Um teste com Deus (veja só!?). Me inscrevi no vestibular para o curso de Licenciatura em Artes no Bennett, uma instituição particular, mesmo sem dinheiro e sem estudar nada.
Quebrei a cara - passei. E agora? O que fazer?
Vendo minha angústia, minha mãe se prontificou para emprestar o dinheiro correspondente à matrícula.
Peguei o dinheiro emprestado e estudei durante os quatro anos. Fiz o curso numa universidade paga e num dos cursos mais caros da época. Mais de 60% da minha renda era reservada para eu pagar as mensalidades. Fui cantar no coral da universidade, prestar serviços no centro acadêmico, fiz tudo o que podia para conquistar uma bolsa de estudos e 'levantar' algum recurso. A conquista financeira só ocorreu no segundo ano, porque o primeiro não dava direito à bolsa. Consegui 30% de desconto na mensalidade, ocupando os sábados cantando no coral da instituição. Foi assim que lá no Bennett me apaixonei por História da Arte. Ali conquistei minhas melhores notas e não economizava elogios para dizer que era a mais apaixonante matéria do curso. Desde então, venho fazendo relação entre Teologia e Arte.
Estou me propondo a escrever minhas divagações nessa apaixonante relação entre Teologia e Arte.
Prestei vestibular para bacharel em desenho na UFRJ e, para surpresa minha, fui aprovado. Não fiz 'festa' porque logo percebi que não poderia ocupar a tão sonhada cadeira universitária. O curso era de tempo integral e eu não poderia deixar o trabalho para estudar. Mantive a calma porque eu já sabia que não poderia fazer o curso e que teria que me alistar para o serviço militar ainda naquele ano. Eu era funcionário da JUERP - editora de periódicos evangélicos - e trabalhava fazendo ilustrações de quatro revistas: Crescendo - pré escolar, Vivendo e União de Juniores - 9 a 12 anos e, também a revista União de Adolescentes - 13 a 17 anos. Em termos financeiros ganhava, como prescrevia a lei, como menor (essa é outra história). Assim, aos 19 anos, conciliava o tempo no Exército com as ilustrações que, nesta época eram pagas como freela. Depois de cumprido os dez meses de aquartelamento, tive que encarar o vestibular novamente. Estava muito envolvido emocionalmente com as tarefas da igreja, preparando aulas, organizando passeios, ensaiando para cantar no coral etc...Resultado, fui para o Seminário estudar 'para ser pastor'. Trabalhava durante o dia. À noite, estudava no seminário e dormia por lá mesmo. Antes do final do primeiro semestre já estava angustiado. Fui conversar com alguns professores sobre minha paixão pela arte e meu desejo de servir a Deus também. O professor Silvino Neto não fugiu do assunto com frases prontas, como costumava acontecer, e me disse claramente:
- Por que você não serve a Deus com o seu talento?
Calei. Não dormi aquela noite pensando sobre o assunto. Aceitei a provocação, encarei as consequências e me propus a fazer um teste. É, um teste. Um teste com Deus (veja só!?). Me inscrevi no vestibular para o curso de Licenciatura em Artes no Bennett, uma instituição particular, mesmo sem dinheiro e sem estudar nada.
Quebrei a cara - passei. E agora? O que fazer?
Vendo minha angústia, minha mãe se prontificou para emprestar o dinheiro correspondente à matrícula.
Peguei o dinheiro emprestado e estudei durante os quatro anos. Fiz o curso numa universidade paga e num dos cursos mais caros da época. Mais de 60% da minha renda era reservada para eu pagar as mensalidades. Fui cantar no coral da universidade, prestar serviços no centro acadêmico, fiz tudo o que podia para conquistar uma bolsa de estudos e 'levantar' algum recurso. A conquista financeira só ocorreu no segundo ano, porque o primeiro não dava direito à bolsa. Consegui 30% de desconto na mensalidade, ocupando os sábados cantando no coral da instituição. Foi assim que lá no Bennett me apaixonei por História da Arte. Ali conquistei minhas melhores notas e não economizava elogios para dizer que era a mais apaixonante matéria do curso. Desde então, venho fazendo relação entre Teologia e Arte.
Estou me propondo a escrever minhas divagações nessa apaixonante relação entre Teologia e Arte.
Eu no jardim de infância que funcionava dentro de uma igreja católica no
Abrigo Cristo Redentor em Bonsucesso, RJ