Algumas vozes, algumas músicas marcam etapas de nossas vidas, não é mesmo? Pelo menos comigo é assim. Ouvir Mercedes Sosa é voltar a uma época de encontros e despedidas, de coração de estudante, de honrar a vida morando sozinho num apartamento vazio. Lembranças de sonhos, lágrimas, esperança e certeza (leia-se fé) de construção de momentos melhores. É a fase da vida que rotulei de fase miojo. Semana passada ouvi Mercedes Sosa peguei meu sketchbook e 'rebubinei' as emoções daqueles tempos de universitário, de campanha das diretas, de movimento negro, de greve e passeata e 'caçador de mim'. A arte aponta para o que foi e esse exercício de olhar e registrar o que foi dá sentido de onde estamos e cutuca a gente para prosseguir a caminhada.
Como foi agradável descobrir que o apelido dela era "La negra", não pelos seus belos cabelos negros, como sempre pensei, mas porque ela era conhecida como a voz dos 'sem voz'.
Como foi agradável descobrir que o apelido dela era "La negra", não pelos seus belos cabelos negros, como sempre pensei, mas porque ela era conhecida como a voz dos 'sem voz'.
O desenho foi feito à lápis da maneira mais solta possível (nada de borracha). Só a emoção do traço. Pintei com lápis de cor sobre o próprio desenho e finalmente brinquei com a textura acrílica no echarpe sobre a mancha aquarelada.
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