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quarta-feira, 27 de março de 2013

Desenho ao vivo

Desenhos feitos na rua, no ônibus, ao vivo exigem assumirmos acidentes, alguns felizes. É preciso ter um mínimo de tempo para selecionar o tema, o personagem e o ângulo a ser retratado. O que vale a pena ser feito, já dizia o filósofo, vale a pena ser bem feito. Desenhar 'in loco' exige resolver alguns problemas que a fotografia resolve automaticamente. Me refiro especialmente à luz e a sombra. O desenho ganha volume pela construção conseguida pelos riscos e tentativas de arrancar forma do papel. Deformações são, ou melhor, acabam fazendo parte desse exercício. A magia está em transformar qualquer espaço em ambiente artístico e ver beleza no cotidiano. Não sei se você sabe que é muito difícil  e custoso, ter um modelo vivo a disposição. Esse tipo de exercício exige rapidez, sintetização e, em alguns casos, criatividade. O 'modelo-tema" não 'congela' e o registro visual é um exercício que trafega entre a angustia e a satisfação. Essa foi uma forma, para mim, de preencher duas necessidades da arte: educar o olhar e dominar o traço.

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