Ontem estive, com meu parceiro de estudos Rafael, no estúdio do grande mestre da acrílica, Celso Mathias.
Sabe aquelas horas em que você quer parar o tempo, que está leve como quem flutua, que o mundo carrega um sentido tão obvio, tão divino?
Pois é, não tenho palavras para descrever esse momento mágico.
Sentimento não se congela, não dá pra reproduzir...
Folhear os sketchbooks, ver a minuciosa construção de um quadro, de uma ilustração, de uma pintura é muito mágico.
Desde sempre convivo com este mundo da imagem, da ilustração, da pintura, mas sob outra perspectiva.
Cresci desenhando, atendendo encomendas, recebendo críticas, engolindo sapo, ouvindo interpretações sem sentindo, acelerando o processo, refazendo, emendando, alterando para atender o cliente em busca de um carimbo de 'aprovado' do chefe, do redator, ou o adesivo assinado com o 'imprima-se' da editora e da gráfica.
Pouquíssimas vezes, ao longo de mais de 20 anos de trabalho, desenvolvi um trabalho autoral.
Só quando me vi aqui no estúdio, sem cartão de ponto, sem livro de registro, num tempo de reflexão e intervalo, que graças a Deus é pequeno, dei conta disso.
É isso. Acordei agradecendo a Deus pela oportunidade de aos quase 50 anos - ainda faltam dois - me sentir criança novamente, de manter aceso o desejo de aprender de me desenvolver em busca da arte, em busca de um trabalho autoral, à procura de me encontrar gente, de me fazer presente.
Foi exatamente em função disso que assumi ser o 'vovô-garoto' nas aulas de pintura do Celso e nas oficinas do grande ilustrador Renato Alarcão.
Já que sentimento não tem idade, continuo seguindo a poesia do Milton Nascimento "Preso a canções, entregue a paixões, que nunca tiveram fim. Vou me encontrar longe do meu lugar. Eu, caçador de mim."
Sabe aquelas horas em que você quer parar o tempo, que está leve como quem flutua, que o mundo carrega um sentido tão obvio, tão divino?
Pois é, não tenho palavras para descrever esse momento mágico.
Sentimento não se congela, não dá pra reproduzir...
Folhear os sketchbooks, ver a minuciosa construção de um quadro, de uma ilustração, de uma pintura é muito mágico.
Desde sempre convivo com este mundo da imagem, da ilustração, da pintura, mas sob outra perspectiva.
Cresci desenhando, atendendo encomendas, recebendo críticas, engolindo sapo, ouvindo interpretações sem sentindo, acelerando o processo, refazendo, emendando, alterando para atender o cliente em busca de um carimbo de 'aprovado' do chefe, do redator, ou o adesivo assinado com o 'imprima-se' da editora e da gráfica.
Pouquíssimas vezes, ao longo de mais de 20 anos de trabalho, desenvolvi um trabalho autoral.
Só quando me vi aqui no estúdio, sem cartão de ponto, sem livro de registro, num tempo de reflexão e intervalo, que graças a Deus é pequeno, dei conta disso.
É isso. Acordei agradecendo a Deus pela oportunidade de aos quase 50 anos - ainda faltam dois - me sentir criança novamente, de manter aceso o desejo de aprender de me desenvolver em busca da arte, em busca de um trabalho autoral, à procura de me encontrar gente, de me fazer presente.
Foi exatamente em função disso que assumi ser o 'vovô-garoto' nas aulas de pintura do Celso e nas oficinas do grande ilustrador Renato Alarcão.
Já que sentimento não tem idade, continuo seguindo a poesia do Milton Nascimento "Preso a canções, entregue a paixões, que nunca tiveram fim. Vou me encontrar longe do meu lugar. Eu, caçador de mim."