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sexta-feira, 30 de abril de 2010
terça-feira, 20 de abril de 2010
segunda-feira, 19 de abril de 2010
quarta-feira, 14 de abril de 2010
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Quadro - Cavalos do Apocalipse
Estive um tempo muito longo trabalhando sozinho. Minha esposa estava estudando muito para concurso, meu filho mergulhado nos initerruptos treinos e eu com trabalho cobrindo a mesa. Perfeito. Trabalho, tempo, desenho, trabalho, tempo, desenho. Eram mais de 12 horas no escritório sozinho. Eram as minhas músicas, as palestras gravadas em CD, minhas frutas, meu espaço. Algumas vezes me sentia muito bem acompanhado comigo mesmo, outras tantas, queria sair de perto de mim e, claro, não conseguia. E eu sozinho é = ninguém. Gente sente falta de gente. Daí, perdido em meus pensamentos, me senti desafiado a experimentar a famosíssima tinta óleo. Eram tantas perguntas do tipo: você também pinta quadros? Tem algum para vender? Pintura mesmo é feita a óleo, não é? "Bem feito para mim", discutia eu com meu 'Grilo Falante'. Gastei tanto tempo experimentando materiais alternativos que acabei deixando de lado as técnicas clássicas da pintura. Tomei vergonha e coragem, comprei um punhado de tinta, algumas telas, me cerquei daqueles livros do período da faculdade e andei dando algumas 'cabeçadas'.
E, não é que percebi que esse negócio é bom mesmo?
Para compartilhar o que estava aprendendo, separei duas manhãs da semana com a intenção de 'sair da toca' e trocar experiências com alguns colegas (a maioria da 3a idade), sobre essas técnicas de pintura à óleo. Essa experiência foi pra mim pra lá de terapêutica. Preparar o quadro (ouvir), 'queimar' o fundo (falar), misturar as cores na paleta como um alquimista (ouvir e falar), ir compondo a figura sem se utilizar da linha (falar e ouvir)... tudo muito cadenciado, tudo bem refletido. Cada veladura, cada manhã investigando a cor ideal, o comportamento de uma tonalidade em relação ao todo do quadro...'Porque pintura é diferente de ilustração'. Êta coisa boa...
Taí. Agora você pode ver uns dos poucos quadros que pintei nesse período. Os quatro cavalos registrados no livro do Apocalipse de João (cap. 6).
Pretendo, se minha disciplina permitir - não tenho coragem de transferir essa decisão para Deus, retornar à pintura, para ver se consigo expelir os 'anjos e demônios' que povoam minha mente.
Ilustração - Moisés
Esta ilustração, você já percebeu, é uma junção de alguns elementos dos três momentos da vida do grande líder Moisés. Fiz isso quando fui convidado a participar do concurso de ilustração vetorial da Corel Brasil (2001). Esta ilustração, toda feita em vetor, foi relacionada entre as melhores do Brasil. Como prêmio, ganhei um pacote com o programa original. Assim, depois de algum tempo lendo o manual do software, percebi o quanto ainda havia de recursos para eu aprender.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Ilustração - Mil vivas para o amor (pag 5)
Os livros O MENINO BRIGÃO e MIL VIVAS PARA O AMOR são textos que transbordam a sensibilidade de Jardinete Tavares. A querida 'Jardim' acompanhou meus primeiros riscos profissionais. Ela era redatora de uma revista trimestral na mesma editora em que eu iniciava meu caminho como ilustrador. Mas, como diz o poeta.. "mesmo que o tempo e a distância, digam não, mesmo esquecendo a canção. O que importa é ouvir a voz que vem do coração."
Assim, depois de quase duas décadas nos reencontramos e reatamos a velha parceria e a nunca desatada amizade.
Quer ver o livro? Deseja saber mais ou comprar?
Entre em contato direto com a autora - jardinete@hotmail.com - os livros são de produção independente e estão à venda na livraria SINAI que fica no subsolo do Shopping 45 - Praça Saens Pena - Tijuca, RJ.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Projeto Crescer
O Projeto Crescer é uma dessas grandes idéias de inclusão social que estão espalhadas pelo Brasil que acabam ficando no anonimato. Nascido no meio de um grupo de meninos da Igreja Batista em Costa Barros (Embaixadores do Rei), com o objetivo de espalhar amor aos seus pares, o projeto liderado pelo conselheiro Anderson, tomou uma dimensão tal que acabou envolvendo toda igreja naquele "sonho de menino". A partir daí, foi uma questão de tempo,surgiu a necessidade de sistematização e de um planejamento mais cuidadoso. Neste processo acabei, me envolvendo ao sonho, especialmente por ter vivido naquele lugar e, ainda que à distância, acompanhado a favelização imposta naquela área. Elaborei esta logomarca destacando que o projeto é mais do que crescer, é uma valorização do SER, ser humano.
Ilustração - Abelhinha intrusa
O interessante das ilustrações deste livro (A ABELHINHA INTRUSA) foi a utilização de 'canetinha hidrocor' para pintar as imagens. Eu estava em Nova Friburgo (1994) num desses finais de semana prolongados e, ao abria a 'mala' com os inseparáveis materiais de desenho, observei que havia deixado, em cima da mesa do escritório, no Rio de Janeiro, o ecoline para pintar as ilustrações que já estavam elaboradas. Sem nenhuma crise, fui à uma papelaria comum, dessas que a gente acha em qualquer esquina, e encarei a finalização apenas com as canetas hidrocor e água. Nunca havia experimentado transformar em aquarela algumas 'canetinhas'. Não posso ignorar que o papel era um "Schoeller", porque ninguém é de ferro...
Sorriso - Pesadelo do futebol
Esse desenho foi um pesadelo que que tive acordado. Antes da Copa de 1994 estava com o desafio de fechar a revista Sorriso e, para conseguir dar conta de entregar o trabalho no prazo, a noite se estendeu até a madrugada tomar conta do tempo. O que fazer para ilustrar a capa? E foi exatamente esse o sentimento: o medo de dormir pouco aquela noite e correr o risco de perder a 'pelada' de sábado. Defini o tema, risquei a idéia e depois do 'arranca toco', voltei ao trabalho, feliz da vida por ter sido apenas um sonho ruim.
Ilustração - Peixe de Jonas
Não sei como você administra seu tempo livre. Eu gosto de inventar moda, pelo menos, é o que minha querida esposa afirma. Pois então, numa dessas noites em que fiquei sem sono, o que é raro na verdade, parei para refletir sobre a história do Profeta Jonas. É, o Jonas da Bíblia. Aí, como tudo acaba em 'rabisco'... acabei desenhando não o profeta indigesto, mas o tão polemizado peixe, que, olhando os meus traços, nada tem a ver com baleia.
As ilustrações foram feitas com lápis de cor sobre cartolina e, quem sabe um dia vira um livro...
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Painel Josué
Tenho a honra de desenvolver o ministério de professor de EBD (Escola Bíblica Dominical) em minha igreja. Faço isso desde os 17 anos. Este desejo de conhecer as Escrituras me levou a estudar Teologia, durante quatro anos, e ficar ainda mais apaixonado pelos princípios de vida, revelados por Deus, através das narrativas bíblicas. E, para quem gosta de história, o Antigo Testamento é um tesouro a ser desvendado. Uma das histórias que revi nesses estudos da EBD foi a de Josué. Personagem conhecido pelas lutas e aventuras. Um grande guerreiro que teve que aprender a carregar sobre os ombros a difícil tarefa de ser o sucessor do grande Moisés. Não deve ter sido fácil para um comandante a tarefa de julgar, administrar os conflitos políticos, as 'picuinhas' daquela gente. Daí, a troco de nada, levado pela paixão, que durante esses estudos fui construindo essa ilustração, sobre as grandes aventuras que marcaram a história do primeiro grande líder do período dos juízes em Israel.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Graça de Graça
Durante mais de um ano ocupei um espaço no Boletim Dominical de minha igreja fazendo charges. Essa idéia de inserir as charges não foi planejada. Ela surgiu da necessidade de colocar um 'bacalhau'(vazio, buraco que surge na diagramação e é ocupado por uma "arte tapa-buraco") no novo projeto gráfico que eu havia elaborado. Como as charges foram bem aceitas, elas acabaram 'fincando' seu espaço. A palavra charge tem origem francesa e significa carga ou peso. Ela é, na realidade, um 'tijolada' gráfica. Uma ironia mordaz sobre o caráter de alguém ou sobre uma situação específica para torná-la ridícula. A charge, normalmente, se relaciona ao dia a dia, ao cotidiano, a um contexto específico. Algumas vezes, a charge pode ser confundida com cartoon (ou cartum), palavra de origem inglesa que significa cartão. Geralmente os temas do cartum são atemporais e universais. Conseguimos entender um cartum independente da época e do contexto em que vivemos.
Folha de Rosto (lágrima no rosto) - Navio Negreiro
Esse livro foi meu grande desafio no final do ano de 2009.
A editora Ao Livro Técnico, selecionou três grandes autores de nossa literatura para retratar as etnias que constituem nossa identidade brasileira. E, veja você, que honra, ter sido convidado para ilustrar esses clássicos. O primeiro livro da série é O NAVIO NEGREIRO, de Castro Alves. O texto, comentado com a maestria do professor Alberto Guerra, é riquíssimo. Mas, não tenho como negar, que as palavras do original me soaram como chicote, e a dor de minha negritude quase me impede de 'aportar' o projeto. Confesso que nunca me doeu tanto pesquisar e ilustrar os horrores da história, sempre escondida, "dos porões do navio". Só Deus sabe como cheguei ao fim. Castro Alves, até que tenta desafiar o leitor, especialmente um negro, a continuar a luta, mas para mim, mergulhar, como espectador, "no imaginário do fundo da embarcação", foi uma dor muito doída.
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